domingo, 3 de janeiro de 2016

Adeus, Presidente

Ele despediu-se
a falar de incertezas,
estava bem vestido,
melhor seria estar despido
das suas absolutas certezas
que, desde 1985, nos tem pregado,
claro que, do que correu mal,
ele não é culpado
de nada,
os culpados não lhe deram cavaco

Parece que nasceu
num dia de nevoeiro,
não se via a cotovia
nem o canteiro,
em vez de hortelã
colheram ortiga
e deram-lhe a poção
errada

Adeus, Presidente