Adeus, Presidente
Ele despediu-se
a falar de incertezas,
estava bem vestido,
melhor seria estar despido
das suas absolutas certezas
que, desde 1985, nos tem pregado,
claro que, do que correu mal,
ele não é culpado
de nada,
os culpados não lhe deram cavaco
Parece que nasceu
num dia de nevoeiro,
não se via a cotovia
nem o canteiro,
em vez de hortelã
colheram ortiga
e deram-lhe a poção
errada
Adeus, Presidente