domingo, 21 de junho de 2015

Aquele jacarandá

Aquele jacarandá
que vive naquela rua
está cansado e já não dá
flores em Junho,
aquelas flores roxas ou azuis
que lembram sinos a badalar,
tlim, tlão, tlim, tlão,
ou grafonolas a tocar
a cantiga do Verão

Aquele jacandará esmoreceu
e já não se pinta de cores,
será que morreu?
ou será que se aborreceu
com os seus amores?

Ergue-te, ó meu jacandará,
não te inclines para o chão,
olha bem para cima, para o ar,
e respira fundo este novo Verão
que já está aí a aquentar,
ergue-te, ó meu jacandará
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Viva o Verão de 2015