quinta-feira, 13 de fevereiro de 2014

Eu e os 4 elementos

Deixem correr o rio que sinto dentro de mim,
não o moderem com açudes ou barragens,
não limitem o seu curso nem as suas margens,
que corra livre e caudaloso até ao seu fim

Deixem-me respirar o ar que me envolve
e que me aconchega neste meio ambiente
que é apenas uma esfera de ar frio e quente
que se conserva cheia e não se dissolve

Deixem-me cuspir fogo quando sou vulcão,
quando a raiva se molda em magma incandescente
e cada sopro meu se transforma em erupção

Deixem-me afinal pisar apenas este chão
feito de pedra e barro e é-me indiferente
se lhe chamam terra ou se lhe chamam plutão