quarta-feira, 7 de janeiro de 2015

O Charlie Hebdo e o meu amigo Mé Mé

Tenho um amigo que se chama
Mé Mé,
é alentejano de gema
e tem sido sempre um bom Mé
para mim
e nunca um mau Mé

Se ele fosse de Mértola,
seria o Mé Mé de Mértola,
se ele fossa de Moura,
seria o Mé Mé de Moura,
mas ele é de Vendas Novas
e de figura entroncada e baixa,
e assim já não encaixa

O que encaixa
é que se ele fosse mau Mé
já teria dado baixa
da sua amizade, da sua voz,
talvez com um mortal pontapé,
talvez com uma rajada de kalashnikov
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Estou solidário com o Charlie Hebdo,
viva a liberdade, abaixo os fanáticos
de profetas e de deuses sanguinários
e desconhecidos, são uns velhacos