sexta-feira, 20 de fevereiro de 2015

Refúgios da guerra

Silhuetas, sombras, vozes em silêncio,
figuras pensativas à luz das velas,
choro de crianças, cheiro a incenso,
milhares de casas de lona sem janelas

São os refugiados das guerras atrozes,
fogem da pólvora, das balas, das explosões,
fogem dos homens guerreiros, dos seus algozes,
vão para algures só com trouxas e ilusões

Fogem do horror, do mal, do cruel destino,
e amontoam-se em campos cheios de lama,
de lágrimas, de frio, e mirem o menino

De olhar aflito que implora, que clama
por pão, por calor, por um pouquinho de mimo,
por que razão arrasaram a sua cama?