Refúgios da guerra
Silhuetas, sombras, vozes em silêncio,
figuras pensativas à luz das velas,
choro de crianças, cheiro a incenso,
milhares de casas de lona sem janelas
São os refugiados das guerras atrozes,
fogem da pólvora, das balas, das explosões,
fogem dos homens guerreiros, dos seus algozes,
vão para algures só com trouxas e ilusões
Fogem do horror, do mal, do cruel destino,
e amontoam-se em campos cheios de lama,
de lágrimas, de frio, e mirem o menino
De olhar aflito que implora, que clama
por pão, por calor, por um pouquinho de mimo,
por que razão arrasaram a sua cama?